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Mas eu quero é mais!

  • Foto do escritor: Antonio Augusto Brito
    Antonio Augusto Brito
  • 24 de mai. de 2017
  • 2 min de leitura

curta botafogo

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Como contei na minha estreia, semana passada, estou aqui cumprindo a missão que me incumbiu o imortal da Academia Brasileira de Letras. Machado de Assis me pediu para cuidar da língua portuguesa numa conversa travada no mausoléu da ABL, no cemitério São João Batista.

Para provar que não ouço só gente que não está mais entre nós, atendo hoje ao pedido da leitora Beatriz F. de Mello. Irritada com tantos erros no uso do “mas” e do “mais”, ela me pediu, encarecidamente, que botasse os pingos nos “is”, ou melhor, que esclarecesse quando tem ou não tem “i”.

Então, vamos lá! É simples.

A conjunção “mas” é usada para indicar oposição ou restrição entre duas ideias. O “mas” – sem o "i" – pode ser substituído por “porém”, “contudo”, “entretanto”, “todavia”... Exemplos: “ela é rica, mas infeliz”; “iria à praia, mas choveu”.

Já o “mais” é um advérbio com ideia oposta a “menos”. Exemplos: “João é mais alto do que José”, “ela é a mais inteligente da classe”.

Então, se você ainda fica inseguro quanto a usar “mas” ou “mais”, faça um teste e veja se poderia substituir a palavra por “porém” ou por “menos”.

Exemplos:

  1. “estudou, ... não passou”

  2. “ele ganhou ... votos na eleição passada”

No primeiro caso, você poderia preencher a lacuna com “porém” ou com “menos”? Fácil, não? “Estudou, porém (ou "mas") não passou”. E jamais “Estudou mais/menos não passou”.

Assim como é “ele ganhou menos (ou "mais") votos na eleição passada”.

Nada complicado, certo? MAS se você não conseguiu entender, vou ter de explicar MAIS numa próxima oportunidade.

* Carla Paes Leme é jornalista, revisora e dá aulas particulares de gramática desde a juventude. Atualmente, cumpre, diariamente, a missão dada, do Além, por Machado de Assis: preservar o Português, que, ao menos em Botafogo, há de ser imortal.

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